Xavante no Paraná

O Brasil não repetiu o nível das últimas atuações. A escalação foi boa, as substituições adequadas. O Brasil entrou em campo sonolento, desatento, cometendo erros de passe e posicionamento.

No primeiro lance uma bola nas costas do jogador Tony, o atacante Carlos Alberto cruzou e o centro avante Flávio Renê cabeceou para fora. Foi o aviso, aos 4:30 falta pela direita, Bruno Costa subiu e marcou o gol de cabeça sem chances para o Goleiro Marcelo Soler.

O Brasil acordou, deu uma bola na trave com Marcio Jonathan. Chicão de fora da área acertou o travessão num bonito chute. Da Silva, de falta quase marcou e no rebote do goleiro Gabriel Leite, Marcio Jonathan errou o gol.

No 2º tempo o jogo piorou, o Saojoseense baixou as linhas, começou a jogar no contra-ataque e quase marcou por duas vezes. O Brasil fez uma pressão desorganizada, não conseguiu articular jogadas, mesmo assim teve grande chance com Mario Henrique num passe do Rafael Costa. O jogo foi feio, jogo de pingue pongue, muito por conta do gramado, um tapete de borracha, horroroso.

Lobo, em fim classificado

O Pelotas foi afobado, apressado, errou muitos passes, a perna pesou com a responsabilidade de ganhar, um jogo com poucas chances de gols. Apesar disso teve entrega, foi participativo em todas as disputas de bola. O goleiro do Pelotas, Jacson, pouco participou do jogo.

A dupla de zaga, Heverton e Rogério foi perfeita em todos os fundamentos. Xaro foi regular com Léo sem vibração, pouco atacou pela direita. Escobar foi um leão, defendeu, atacou, um líder em campo. Germano apagado no 1º tempo quando jogou de meia que não é a dele. Tony Jr, foi destaque pelo gol, mas errou muitos passes e cruzamentos. Vitor Jr, o mais lúcido do Pelotas, chamou a responsabilidade para si, driblou, defendeu, atacou, um jogador diferenciado.

No ataque Thalles jogou no sacrifício, mais uma vez, centroavante não é sua função, ele não sabe jogar de costas para o gol. A entrada do Robério melhorou o ataque do Pelotas, dando mais movimentação e liberdade para os extremas jogarem. No intervalo o Wilian Campos fez a melhor substituição. Colocou o Roger Bastos pela esquerda, baixou o Germano para 2º volante, onde ele sabe jogar e é sua posição de origem.

A troca de Léo por João Marcos, um volante na lateral deu mais consistência à lateral e ajudou na marcação do meio. A troca de Xaro por Jéder que entrou como terceiro zagueiro e baixou o Roger Bastos para a lateral foi muito importante para a consistência da defesa e do meio também. O Pelotas ainda tem dificuldades no último terço do campo, dificuldades no passe e na posse de bola. Apesar de tudo, o resultado veio. O melhor em campo foi o treinador Wilian Campos pelas substituições e pelo trabalho no intervalo do jogo.

Sérgio Pierobon – comentarista da Rádio Tupanci